Ata notarial de usucapião extrajudicial

  • O que é?

usucapião consiste na aquisição da propriedade em favor daquele que, durante determinado período de tempo fixado em lei, detém a posse justa, sem oposição e com ânimo de permanência de determinado bem imóvel.

O novo Código de Processo Civil (Lei nº 13.105/15), passou a admitir que a usucapião de bens imóveis seja realizada através de um procedimento extrajudicial, a ser requerida perante o Oficial do Registro de Imóveis, após lavratura de ata notarial pelo Tabelionato de Notas. Esse processo legal permite a transferência de propriedade sem a necessidade de se ajuizar uma ação judicial, desde que observados certos requisitos legais.

  • Ata notarial de usucapião extrajudicial

ata notarial da usucapião é documento obrigatório, que visa atestar o tempo de posse e a cadeia de eventuais possuidores anteriores, assim como as características do bem, a presença do possuidor e confrontantes (vizinhos), a depender do caso e das circunstâncias.

A presença de um advogado não é obrigatória para a realização da ata notarial, apenas para o registro perante o Ofício de Imóveis. No entanto, é aconselhável que o advogado participe da lavratura do ato, assessorando a parte interessada. Também é possível que um engenheiro/arquiteto participe do ato, a fim de demonstrar a área a ser usucapida.

  • Requisitos legais

 De acordo com a lei, é possível realizar em casos em que há consenso entre os interessados e comprovada a posse mansa, pacífica e ininterrupta do imóvel pelo prazo mínimo de 5 anos, ou 10 anos se o imóvel for público.

A lei também estabelece que o processo deve ser realizado em cartório, por meio de escritura pública, e que deve ser acompanhado por advogado ou defensor público.

Além disso, a lei estabelece que é possível realizar a usucapião extrajudicial mesmo que o imóvel esteja em nome de terceiros, desde que seja comprovada a posse mansa, pacífica e ininterrupta pelo prazo estabelecido em lei.

É importante lembrar que é uma opção legal e regulamentada, mas que deve ser realizada seguindo os procedimentos estabelecidos pela lei. É fundamental buscar informações específicas sobre a legislação aplicável e sobre os requisitos para o processo de usucapião extrajudicial em sua região antes de iniciar o processo.

  1. Prazo de posse: É necessário ter posse do imóvel de forma pacífica e contínua por um período mínimo de 5 anos (ou 10 anos em caso de imóveis públicos).
  2. Boa-fé: É preciso comprovar que a posse foi adquirida de boa-fé, ou seja, de forma honesta e sem conhecimento de que a propriedade pertencia a outra pessoa.
  3. Área máxima: O imóvel não pode ter mais do que 250m² e deve estar situado em área urbana.
  4. Não ter oposição: Não pode haver oposição ou contestação por parte de terceiros.
  5. Documentação: É necessário apresentar a documentação que comprove a posse pacífica e contínua do imóvel, como contas de água, luz, telefone e IPTU, além de outros documentos que possam ser relevantes.

Esses são alguns dos principais requisitos para o usucapião extrajudicial. É importante lembrar que o processo pode variar de acordo com o estado em que o imóvel está localizado, por isso é fundamental buscar informações específicas para sua região antes de iniciar o processo.

  • Usucapião Extrajudicial Precisa de Advogado?

Sim, é necessário ter a assistência de um advogado para dar entrada no processo de usucapião extrajudicial. Conforme estabelecido pela Lei nº 13.105/2015 (Código de Processo Civil), o processo deve ser realizado por meio de escritura pública em cartório, e deve ser acompanhado por um advogado ou defensor público.

O advogado é responsável por orientar o requerente sobre os documentos necessários para o processo, as particularidades do caso em questão e o cumprimento dos prazos estabelecidos pela lei. Além disso, o advogado pode atuar na elaboração da petição inicial e no acompanhamento do processo junto ao cartório.

Portanto, a presença de um advogado é indispensável para garantir que o processo de usucapião extrajudicial seja realizado de forma adequada e em conformidade com a legislação aplicável.

  • Como Funciona o Usucapião Extrajudicial?

Para iniciar o usucapião extrajudicial, o requerente deve apresentar uma petição a um tabelião, fornecendo evidências de que atendeu a todos os requisitos legais. Essas evidências podem incluir documentos como escrituras, registros fiscais e comprovantes de posse.

Depois que a petição é apresentada, o tabelião publicará um aviso no Diário Oficial e notificará quaisquer partes interessadas da transferência. Isso inclui o proprietário anterior do imóvel, quaisquer detentores de direitos de propriedade ou credores hipotecários.

Após um período de espera de 15 dias, se nenhuma parte interessada se opuser à transferência, o tabelião registrará a nova propriedade no registro oficial do imóvel. O requerente então se torna o novo proprietário do imóvel.

Caso haja alguma objeção à transferência durante o processo de usucapião extrajudicial, o caso deve ser levado ao tribunal para uma decisão.

  • Quais São as Vantagens do Usucapião Extrajudicial?

O usucapião extrajudicial tem várias vantagens em relação ao processo judicial tradicional de transferência de propriedade. Algumas das principais vantagens incluem:

  • Economia de tempo: O processo de usucapião extrajudicial é mais rápido e eficiente do que o processo judicial, permitindo a transferência de propriedade em um período de tempo mais curto.
  • Economia de dinheiro: O processo extrajudicial é geralmente mais barato do que o processo judicial, pois não há necessidade de contratar um advogado ou pagar taxas judiciais.
  • Menos estresse: O processo extrajudicial é menos estressante do que o processo judicial, pois não há necessidade de comparecer a audiências ou lidar com litígios prolongados.
  • Simplificação do processo: O processo extrajudicial é mais simples e direto do que o processo judicial, tornando a transferência de propriedade mais fácil para todas as partes envolvidas.

 

Usucapião Extrajudicial passo a passo:

 Se você está buscando informações sobre usucapião extrajudicial passo a passo, está no lugar certo! O usucapião extrajudicial é um processo simples e eficiente para transferência de propriedade no Brasil. Aqui está um passo a passo para te guiar no processo:

  1. Verifique se você atende aos requisitos legais.
  2. Reúna todos os documentos necessários para comprovar sua posse pacífica e contínua do imóvel.
  3. Contrate um advogado ou um tabelião para ajudá-lo no processo.
  4. Prepare a documentação necessária para o requerimento.
  5. Apresente o requerimento ao cartório da região onde o imóvel está localizado.
  6. Aguarde o período de 15 dias para a manifestação de possíveis interessados na propriedade.
  7. Caso não haja objeções, o tabelião registrará a nova propriedade no registro oficial do imóvel.

Lembre-se de que o usucapião extrajudicial pode variar dependendo do estado em que você se encontra.

Certifique-se de buscar informações específicas para sua região antes de iniciar o processo. Com essas informações em mente, você pode prosseguir com o processo de maneira tranquila e eficiente.

  • Usucapião Extrajudicial Prazo

O prazo para a conclusão do processo de usucapião extrajudicial pode variar de acordo com diversos fatores, como a complexidade do caso, a região em que está localizado o imóvel e a disponibilidade de documentos e informações necessárias para o processo.

No entanto, em geral, o processo costuma ser mais rápido do que o processo judicial, já que não há a necessidade de aguardar uma decisão do juiz. O prazo pode variar de acordo com a agilidade dos cartórios e tabelionatos envolvidos no processo, que podem levar em média de 60 a 90 dias para concluir todo o procedimento.

No entanto, é importante lembrar que o prazo pode variar de acordo com a região e com as particularidades do caso em questão. É fundamental buscar informações específicas sobre o prazo estimado para seu caso antes de iniciar o processo.

 

Usucapião Extrajudicial Documentos

Para dar entrada no processo de usucapião extrajudicial, é necessário apresentar uma série de documentos que comprovem o tempo de posse e a inexistência de conflitos na propriedade do imóvel em questão. Alguns dos documentos necessários são:

  1. Documento de identificação do requerente e dos possuidores anteriores, como RG e CPF;
  2. Comprovantes de endereço dos requerentes e possuidores anteriores;
  3. Certidões negativas de débitos municipais e estaduais do imóvel;
  4. Certidão de matrícula atualizada do imóvel, que pode ser obtida no cartório;
  5. Planta do imóvel, que pode ser obtida junto à prefeitura da cidade onde está localizado o imóvel;
  6. Documentos que comprovem o tempo de posse do imóvel, como contas de luz, água e telefone em nome dos possuidores ou declarações de testemunhas que atestem o período de posse.

É importante lembrar que a lista de documentos pode variar de acordo com a região e com as particularidades do caso em questão. Por isso, é fundamental buscar informações específicas sobre a documentação necessária antes de iniciar o processo de usucapião extrajudicial.

 

Usucapião Extrajudicial Tempo de Posse

Para que seja possível realizar a usucapião extrajudicial, é necessário comprovar a posse mansa, pacífica e ininterrupta do imóvel pelo prazo mínimo de 5 anos, ou 10 anos se o imóvel for público.

A posse mansa e pacífica é aquela que não envolve disputas ou conflitos com outros proprietários ou terceiros, e deve ser exercida de forma clara e inquestionável. Já a posse ininterrupta é aquela que não sofre interrupções ou descontinuidades, ou seja, é exercida de forma contínua e sem interrupções.

Vale destacar que, além de comprovar a posse pelo prazo mínimo de 5 ou 10 anos, é preciso apresentar outros documentos e informações para dar entrada no processo. Portanto, é fundamental buscar orientação jurídica especializada para garantir o cumprimento de todos os requisitos legais necessários para a realização da usucapião extrajudicial.

 

Usucapião Extrajudicial proprietário falecido

No caso de o proprietário do imóvel ter falecido, é possível realizar a usucapião extrajudicial desde que sejam cumpridos alguns requisitos legais específicos.

É necessário apresentar a certidão de óbito do proprietário falecido e comprovar que os possuidores do imóvel estão exercendo a posse mansa, pacífica e ininterrupta por pelo menos 5 anos após o falecimento do proprietário, sem que haja qualquer contestação por parte dos herdeiros ou sucessores.

Além disso, é preciso comprovar que os possuidores exercem a posse de forma pública, ou seja, sem esconder ou dissimular o fato de que estão exercendo a posse do imóvel.

Caso os possuidores não sejam os herdeiros do proprietário falecido, será necessário apresentar um instrumento público de cessão de direitos hereditários ou uma decisão judicial que reconheça a posse dos possuidores como legítima.

Em qualquer caso, é recomendável buscar a orientação de um advogado especializado em direito imobiliário para garantir o cumprimento de todos os requisitos legais necessários para a realização da usucapião extrajudicial no caso de proprietário falecido.

Usucapião Extrajudicial Urbano

A usucapião extrajudicial urbana é um processo legal que permite a aquisição de propriedade de imóvel urbano por meio da posse mansa, pacífica e ininterrupta do imóvel por um determinado período de tempo, conforme previsto em lei.

Para que seja possível realizar a usucapião extrajudicial urbana, é necessário cumprir alguns requisitos legais, como a posse ininterrupta e sem oposição do imóvel por pelo menos 5 anos, a comprovação de que o imóvel possui destinação urbana e a comprovação de que o possuidor está utilizando o imóvel como sua moradia ou atividade produtiva.

Além disso, é necessário apresentar uma série de documentos, como a planta do imóvel, a matrícula do imóvel e documentos que comprovem a posse mansa e pacífica do imóvel pelo período exigido em lei.

Vale ressaltar que a usucapião extrajudicial urbana deve ser realizada no cartório onde está localizado o imóvel, e é recomendável buscar a orientação de um advogado especializado em direito imobiliário para garantir o cumprimento de todos os requisitos legais e evitar possíveis erros ou atrasos no processo.

Perguntas Frequentes sobre Usucapião Extrajudicial

Aqui estão algumas perguntas frequentes sobre usucapião extrajudicial que podem ajudar a esclarecer dúvidas sobre o processo:

1) O que acontece se alguém se opuser à transferência durante o processo de usucapião extrajudicial? 

Se houver alguma objeção à transferência durante o processo de usucapião extrajudicial, o caso deve ser levado ao tribunal para uma decisão. O requerente terá que provar sua posse pacífica e contínua do imóvel e que atende a todos os requisitos legais.

2) Quanto tempo leva o processo de usucapião extrajudicial? 

O processo de usucapião extrajudicial geralmente leva de 30 a 60 dias, dependendo da complexidade do caso e da disponibilidade do tabelião.

3) Quem pode solicitar usucapião extrajudicial?

Qualquer pessoa que atenda aos requisitos legais pode solicitar usucapião extrajudicial, incluindo indivíduos, empresas e organizações.

4) Quais são as desvantagens do usucapião extrajudicial?

Embora o usucapião extrajudicial tenha várias vantagens, também existem algumas desvantagens a considerar. Por exemplo, se houver disputas legais pendentes ou ônus contra o imóvel, o processo extrajudicial não será possível.

Conclusão

O usucapião extrajudicial é uma opção cada vez mais popular para a transferência de propriedade no Brasil. É um processo legal simples e eficiente que pode economizar tempo, dinheiro e estresse para todas as partes envolvidas.

Em conclusão, é um processo legal que permite a aquisição de propriedade de imóvel de forma mais ágil e menos burocrática do que o processo judicial. É uma alternativa interessante para quem deseja regularizar a posse de um imóvel que está em sua posse há um longo período de tempo, desde que sejam cumpridos todos os requisitos legais e apresentados todos os documentos necessários.

Para garantir que o processo de usucapião extrajudicial seja realizado de forma adequada e sem problemas, é importante contar com a orientação de um advogado especializado em direito imobiliário. Além disso, é fundamental ter em mente que os requisitos e procedimentos podem variar de acordo com cada caso, sendo necessário avaliar cada situação de forma individual e buscar a orientação adequada.

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